O ministro da Fazenda destacou a confiabilidade da metodologia utilizada pelo IBGE para calcular a inflação, afirmando que o sistema é amplamente reconhecido. Ele respondeu a sugestões de alterações no cálculo, como a exclusão de preços voláteis de alimentos e energia, argumentando que o Banco Central já avalia núcleos de inflação que desconsideram choques externos e sazonalidades. Segundo ele, essa abordagem permite decisões mais precisas sobre política monetária.
O debate surgiu após declarações do vice-presidente, que propôs seguir o exemplo do Federal Reserve (Fed) dos EUA, excluindo itens instáveis do índice. No entanto, o presidente do Banco Central rejeitou a ideia, afirmando que os núcleos de inflação já refletem adequadamente a realidade econômica brasileira, sem a necessidade de mudanças na metodologia.
O ministro reforçou que o trabalho do Banco Central é focado em analisar dados que impactam diretamente as decisões de juros, como preços de passagens aéreas, que têm alta volatilidade. A discussão destacou diferentes visões sobre como medir a inflação, mas sem consenso sobre alterações no método atual, considerado sólido e consagrado.