A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para discutir o processo de licenciamento da exploração de petróleo na Margem Equatorial da Foz do Rio Amazonas, após sua viagem ao Japão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tema tem gerado controvérsias, com o governo dividindo-se entre os potenciais econômicos do projeto e as preocupações ambientais relacionadas ao aumento da queima de combustíveis fósseis, que contribuem para o aquecimento global. O Ibama, por sua vez, tem sido pressionado a tomar uma decisão em meio a críticas, inclusive do presidente.
A ministra destacou que o Ibama lida com uma grande quantidade de pedidos de licenciamento e se concentra em aspectos técnicos, não sendo responsável pela definição de projetos estratégicos para a infraestrutura ou a matriz energética do país. Em fevereiro, a equipe técnica do Ibama recomendou a negativa do pedido da Petrobras para perfurar no bloco FZA-M-59, mas a decisão final agora está com o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho. Ele enfrenta pressão tanto do governo quanto de defensores ambientais sobre o futuro da exploração.
Além das discussões sobre a exploração de petróleo, Marina Silva lançou o projeto “Restaura Amazônia”, com um financiamento de R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para apoiar a recuperação de florestas em áreas de desmatamento crítico. A iniciativa visa beneficiar até 182 mil famílias e apoiar projetos de restauração na região do Arco da Restauração, abrangendo estados do leste do Maranhão até o Acre. O projeto foca na recuperação de áreas degradadas com uma cobertura significativa de vegetação nativa.