A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o Brasil não conseguirá governar em 2027 com o atual arcabouço fiscal, independentemente de quem seja o presidente. Segundo ela, as regras fiscais atuais não permitirão manter a economia estável, sem gerar inflação e aumentar a dívida pública. A ministra indicou que o final de 2026 será uma janela de oportunidade para um ajuste fiscal, sugerindo que, após as eleições, será possível cortar gastos e adotar um arcabouço fiscal mais rigoroso.
Tebet destacou a dificuldade de implementar qualquer medida de ajuste fiscal até as eleições de 2026, pois muitos parlamentares estarão focados na reeleição. Ela explicou que o período após as eleições seria ideal para implementar mudanças que visem ao equilíbrio fiscal do país, em contraste com o que ocorreu após as eleições de 2022, quando o governo precisou adotar a PEC da Transição para restaurar políticas públicas. A ministra também reafirmou o compromisso do governo em cumprir a meta fiscal de déficit primário zero para este ano.
Além disso, a ministra comentou sobre a medida do governo de zerar a alíquota de importação de alguns produtos alimentícios, visando reduzir os preços dos alimentos e recuperar a popularidade do presidente. Ela afirmou que a iniciativa estimulará produtores brasileiros a manter sua produção no país, o que ajudará a aumentar a oferta interna e reduzir os preços. A medida inclui alimentos como carne, café, açúcar e milho, e é considerada parte de um esforço maior para melhorar a economia nacional.