O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 14 pessoas ligadas a uma rede de tráfico internacional, desmantelada na Operação Mafiusi, conduzida pela Polícia Federal em dezembro. O grupo é acusado de integrar organização criminosa e de atuar no tráfico de drogas, com uma operação que se estendia desde 2019, principalmente por meio do Porto de Paranaguá, no Paraná, com destino à Europa. Além disso, a denúncia revela que os envolvidos mantinham uma estrutura hierárquica e organizada, e que as atividades eram acompanhadas por práticas financeiras sofisticadas, incluindo o uso de comunicação criptografada e movimentações financeiras de alto valor.
A investigação aponta também que a lavagem de dinheiro ocorria por meio de transações imobiliárias e do agenciamento de jogadores de futebol. Um dos principais envolvidos seria um empresário apontado como líder do esquema, que também foi preso em janeiro. Segundo a denúncia, ele teria sido responsável pelo controle das remessas de drogas e pela compra de bens para ocultar os lucros obtidos com o tráfico. A rede também teria vínculos com a máfia italiana Ndrangheta, além de conexões com membros de outras organizações criminosas independentes.
O esquema foi desmantelado com a apreensão de grandes quantidades de cocaína, enviadas para a Europa, utilizando tanto embarcações quanto jatos particulares. Um empresário, também envolvido no caso, foi apontado como colaborador no envio das drogas para a Bélgica. A Operação Mafiusi revelou a complexidade da organização e suas conexões internacionais, evidenciando o uso de estruturas logísticas sofisticadas e práticas de lavagem de dinheiro em escala global.