O Ministério Público de Goiás (MPGO) se reuniu com representantes da Santa Casa de Anápolis e da Secretaria de Saúde para discutir a suspensão dos serviços de UTI na unidade, causada pela falta de repasses financeiros. A Santa Casa interrompeu a admissão de novos pacientes nas UTIs neonatal, pediátrica e adulta devido ao atraso de quase R$ 2 milhões por parte da prefeitura, valor referente a um convênio que garante o funcionamento da unidade. Durante uma inspeção, o MP constatou que os repasses mensais de R$ 648 mil, obrigação do município, estão irregulares desde setembro de 2024, com três meses de 2025 sem pagamento, acumulando um déficit de R$ 1,9 milhão.
A reunião teve como objetivo encontrar uma solução para a retomada imediata dos serviços de saúde. O promotor solicitou que a prefeitura apresente uma proposta para regularizar os repasses e garantir o funcionamento da UTI até o fim do convênio, em dezembro. Após esse período, há a possibilidade de renegociação do acordo, conforme destacado pelo representante do MP.
A Santa Casa possui 10 leitos de UTI neonatal, 10 pediátricos e 16 adultos, com parte deles destinados ao Complexo Regulador de Anápolis e ao Estadual. A interrupção dos serviços afeta diretamente a população que depende desses leitos, tornando urgente a resolução do impasse financeiro. O MPGO acompanhará o caso para assegurar que os direitos dos pacientes sejam preservados.