O México anunciou a abertura de uma investigação sobre práticas de concorrência desleal envolvendo a China e o Vietnã na importação de aço. A investigação, liderada pela Secretaria de Economia mexicana, foca principalmente no aço laminado importado desses países, com o objetivo de combater o dumping, uma prática em que os produtos são vendidos abaixo do custo de produção, prejudicando a indústria local. A China é frequentemente acusada dessa prática devido ao apoio estatal às suas siderúrgicas, enquanto o Vietnã é apontado como um ponto de transbordo para o aço chinês, permitindo que o material evite barreiras comerciais.
A medida ocorre em um momento de incerteza sobre as tarifas que os Estados Unidos podem aplicar ao México e ao Canadá, especialmente sobre o aço e alumínio. O governo dos EUA, liderado por Donald Trump, tem considerado impor tarifas de 25% sobre as importações desses produtos, com foco principal na China. No entanto, o México tem buscado maneiras de proteger sua indústria e reduzir a dependência de importações asiáticas por meio do Plano México, uma estratégia para fortalecer a produção local e combater práticas de comércio desleal.
Além da investigação sobre o aço, o governo mexicano também adotou outras medidas, como a imposição de tarifas provisórias sobre a borracha sintética de estireno-butadieno vinda da China. A decisão reflete um esforço mais amplo de fiscalização das importações e de implementação de políticas que garantam a competitividade da indústria mexicana, com foco na redução de produtos de baixo custo que impactam negativamente o mercado local. O governo mexicano enfatiza a importância de agir com cautela e paciência diante dos desafios comerciais e de segurança.