Os mercados financeiros globais estão passando por mais um dia de instabilidade, com destaque para a queda no Ibovespa, que abriu estável, mas rapidamente migrou para o território negativo. A pressão veio principalmente dos temores relacionados às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que preocupam analistas sobre o impacto na inflação e o potencial de uma recessão tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. Ontem, o índice da B3 caiu 0,41%, e hoje o Ibovespa apresentou queda de 1,14%, refletindo o pessimismo internacional. As bolsas de Nova York também enfrentam perdas, com o Nasdaq chegando ao seu nível mais baixo desde 2022.
Nos Estados Unidos, o anúncio de uma nova rodada de tarifas contra o Canadá, elevando a taxa para 50% sobre produtos de aço e alumínio, reacendeu as preocupações sobre uma escalada nas tensões comerciais. Esses temores de uma recessão reforçaram as quedas nos índices norte-americanos, com o Dow Jones e o S&P 500 registrando perdas significativas. No Brasil, o cenário não é diferente, com o Ibovespa seguindo a tendência de retração dos mercados internacionais. A falta de um gatilho específico no mercado local, como mudanças políticas ou econômicas, contribui para a perda de confiança dos investidores.
Além disso, no Brasil, a produção industrial não apresentou crescimento conforme o esperado, o que contribui para um clima de incerteza econômica. O petróleo, embora tenha mostrado uma leve alta, não foi suficiente para reverter a queda das ações da Petrobras, que também recuaram. A divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, com a abertura de 7,74 milhões de postos em janeiro, teve um impacto neutro nos mercados, que continuam a reagir às incertezas causadas pelas novas tarifas e o cenário de tensão econômica global.