Os juros futuros recuaram nesta quinta-feira, 27, com contratos médios chegando a cair 20 pontos, influenciados por uma série de indicadores econômicos e pelo Relatório de Política Monetária (RPM) do Banco Central. O IPCA-15 de março ficou em 0,64%, abaixo da mediana das expectativas (+0,68%), enquanto o déficit do Governo Central em fevereiro superou as projeções, atingindo R$ 31,673 bilhões. O RPM manteve um tom conservador, indicando que a inflação não deve convergir para o centro da meta de 3% antes do terceiro trimestre de 2027.
O Banco Central destacou que o balanço de riscos permanece assimétrico, com maior probabilidade de o IPCA ficar acima das projeções no cenário base. Nos EUA, os juros dos Treasuries longos desaceleraram após o PIB do quarto trimestre crescer 2,4%, alinhado com as expectativas. O cenário externo e os dados locais contribuíram para o movimento de queda nos juros futuros no Brasil.
Às 9h45, as taxas de depósito interfinanceiro (DI) recuavam para diversos prazos: janeiro de 2026 caiu para 15,075%, janeiro de 2027 para 14,975%, e janeiro de 2029 para 14,790%. O mercado segue atento às projeções do BC e aos próximos indicadores, que devem ditar os rumos da política monetária nos próximos meses. A cautela persiste diante do cenário inflacionário e fiscal.