O mercado de clínicas populares no Brasil teve um crescimento impressionante de 200% entre 2010 e 2022, superando o aumento observado em outros tipos de estabelecimentos de saúde no país. Esse crescimento é uma resposta direta à crescente demanda por alternativas ao Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente entre a população que não tem acesso a planos de saúde. Um estudo do Instituto Locomotiva revelou que 72% dos brasileiros da Classe C recorrem a serviços médicos particulares devido às dificuldades de acesso ao SUS.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está analisando a implementação de planos de saúde com cobertura limitada, que excluem internações e atendimentos de emergência, com custo inferior a R$ 100. A consulta pública sobre essa proposta vai até o dia 4 de abril. Esse movimento também reflete a busca por modelos mais acessíveis, alinhando-se à tendência de crescimento das clínicas populares, que adotam uma variedade de modelos de negócios, desde estruturas mais complexas até consultórios tradicionais.
Uma pesquisa adicional mostrou que 92% dos entrevistados, em uma amostra de 1.500 pessoas de diferentes regiões do Brasil, apoiam a criação de planos de saúde privados voltados exclusivamente para consultas e exames. Este dado reforça a expectativa de que soluções mais acessíveis sejam cada vez mais valorizadas pela população, buscando preencher lacunas nos serviços públicos e privados de saúde.