O deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE) criticou as novas regras do crédito consignado para trabalhadores formais, apresentadas pelo governo federal. Ele expressou preocupação com a possibilidade de os trabalhadores ficarem endividados devido à nova modalidade de empréstimo, que permite o uso de até 10% do saldo do FGTS como garantia de pagamento. Além disso, a regra também autoriza a utilização de 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa. Mendonça afirmou que essas medidas representam uma forma de endividamento para os trabalhadores, especialmente considerando as altas taxas de juros do crédito.
O crédito consignado é um tipo de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento do trabalhador. De acordo com a Medida Provisória (MP) anunciada pelo Ministério do Trabalho, as novas regras entram em vigor no dia 25 de abril de 2025. Esse tipo de crédito exige uma parceria entre os bancos e os empregadores, e pode ser uma opção de financiamento para os trabalhadores, especialmente na iniciativa privada, onde a estabilidade no emprego não é garantida.
Apesar dos benefícios aparentes, a medida também gerou críticas quanto à segurança financeira dos trabalhadores, que podem correr o risco de perder o emprego e, consequentemente, a capacidade de quitar suas dívidas. Mendonça sugeriu que, ao invés de endividar ainda mais os brasileiros, o governo deveria liberar o saldo do FGTS para auxiliar os trabalhadores em situações emergenciais. A discussão continua sobre o impacto real dessa medida no bolso dos trabalhadores brasileiros.