O prefeito de Belo Horizonte, que faleceu nesta terça-feira (26), priorizou sua campanha à reeleição mesmo diante de desafios de saúde, segundo seu médico. Diagnosticado com um linfoma não Hodgkin em junho, ele alcançou remissão completa em outubro, mas sua condição se deteriorou em novembro devido a complicações do tratamento e problemas cardíacos pré-existentes. O médico destacou que, embora o período eleitoral não tenha causado infecções diretamente, o prefeito abriu mão de parte de seu bem-estar para se dedicar à campanha.
A decisão de concorrer à reeleição foi pessoal, apoiada por um quadro inicial favorável da doença, mas contrariando a preferência da família. O candidato recebeu orientações sobre os riscos, incluindo possíveis infecções e sequelas, mas enfrentou a campanha com determinação. Durante o período, ele foi tratado com corticoides exclusivamente para o câncer, sem relação com a agenda eleitoral, conforme explicou o médico.
Nos últimos meses, o prefeito perdeu a lucidez e os movimentos, culminando em uma parada cardiorrespiratória na noite anterior à sua morte. Seu médico ressaltou que, apesar dos sacrifícios, ele encontrou realização pessoal no processo eleitoral. A família respeitou sua escolha, mesmo preocupada com as consequências para sua saúde.