Em 1944, durante a ocupação nazista nos Países Baixos, o museu Mauritshuis, em Haia, tornou-se um local de refúgio para aqueles que tentavam escapar da conscrição forçada para trabalhar na Alemanha. Sob o regime do Arbeitseinsatz, centenas de milhares de cidadãos holandeses foram recrutados para trabalhar em condições precárias, mas muitas famílias buscaram abrigo, inclusive no sótão do museu. O relato de um garoto de 13 anos que atendeu à porta de um visitante, sem saber que sua família estava escondendo pessoas, ilustra o cenário de tensão e resistência na época.
O contexto histórico destaca a perseguição que os holandeses enfrentaram sob a ocupação alemã. Além do medo constante de serem deportados, havia o risco iminente de serem enviados para trabalhar na Alemanha, o que significava sujeição a condições desumanas. O Mauritshuis, embora um símbolo de arte e cultura, tornou-se um refúgio para aqueles em fuga, um testemunho de resistência em meio ao horror da guerra.
A exposição do Mauritshuis não só ilumina esses momentos difíceis da história, mas também ressalta o papel de museus e instituições culturais como espaços de resistência e preservação de histórias esquecidas. Hoje, essa narrativa é trazida à tona para lembrar o impacto humano das decisões tomadas durante o conflito, oferecendo uma perspectiva única sobre a resistência silenciosa diante de uma ocupação opressiva.