Evelyn Bastos, rainha de bateria da Estação Primeira de Mangueira, se manifestou sobre a importância dos enredos com temática africana no carnaval, destacando que esses enredos representam um aprendizado valioso para a população, indo além da educação formal oferecida nas escolas. Bastos criticou a ideia de que todos os desfiles com essa temática são iguais, como sugerido pelo carnavalesco Paulo Barros, e afirmou que a abordagem dos enredos afro no carnaval é única e fundamental para a compreensão da história e cultura africana.
A profissional de história e educação física enfatizou que, assim como o continente europeu não pode ser reduzido a uma única narrativa, o continente africano também merece ser abordado em sua diversidade. Bastos, que também atua como diretora cultural da Liesa e presidente da escola Mirim Mangueira do Amanhã, ressaltou a necessidade de falar sobre as raízes e ancestralidade do povo brasileiro, elementos que têm um papel central nos desfiles da escola de samba.
Para Evelyn, a função de rainha de bateria vai além do papel performático, sendo uma forma de honrar e agradecer a ancestralidade. A declaração ocorre em meio à repercussão das críticas de Paulo Barros, que questionou a relevância e a originalidade dos desfiles com temática africana. Bastos reafirma a importância de levar esses enredos para a avenida como uma maneira de valorizar e ensinar sobre as origens culturais brasileiras.