Um estudo apresentado no 62º Encontro Anual da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica sugere que a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos pode afetar o desenvolvimento infantil, especialmente em relação ao crescimento ósseo acelerado e ao início precoce da puberdade. A pesquisa, realizada com ratos, alerta para os riscos da exposição prolongada a telas e enfatiza a necessidade de acompanhamento médico diante desse cenário. Especialistas destacam que, cada vez mais cedo, crianças e adolescentes têm acesso a smartphones, tablets e outros dispositivos, o que torna a questão da puberdade precoce ainda mais relevante.
A puberdade precoce é caracterizada pelo início do desenvolvimento puberal antes do esperado, sendo definida como antes dos 8 anos para meninas e antes dos 9 anos para meninos. Essa condição pode envolver o surgimento precoce de pelos pubianos, crescimento das mamas em meninas e aumento do volume testicular em meninos. Embora as causas da puberdade precoce possam ser variadas, incluindo fatores genéticos e tumores cerebrais, a pesquisa recente sugere que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode contribuir para o aumento dessa condição.
O diagnóstico da puberdade precoce envolve uma avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais e, em alguns casos, exames de imagem. O tratamento depende da causa da condição, podendo ser necessário o uso de medicamentos para retardar o desenvolvimento puberal. A condição pode levar a várias complicações, como baixa estatura na idade adulta devido ao fechamento precoce das epífises ósseas e impactos emocionais e sociais, como dificuldades de adaptação e baixa autoestima.