O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma queda de popularidade e, em resposta, tem adotado novas estratégias para tentar reverter o cenário. Uma das principais mudanças foi assumir o papel de porta-voz do governo, buscando falar diretamente ao público. No entanto, essa estratégia não tem se mostrado completamente eficaz, já que a comunicação de Lula tem sido excessiva, sem a devida clareza nas mensagens, como evidenciado em suas falas sobre consumo e preços.
Além disso, houve uma movimentação interna dentro do governo, com mudanças significativas nos ministérios. Nísia Trindade, ex-ministra da Saúde, foi substituída por Alexandre Padilha, que, por sua vez, perdeu seu cargo como articulador político do governo para Gleisi Hoffmann, presidente do PT. Gleisi, agora com a missão de construir alianças para as eleições de 2026, terá que trabalhar para fortalecer a base política do governo e atrair apoios, utilizando a máquina pública, o que, no entanto, pode gerar desafios e críticas.
A política de gasto público, defendida por Lula, Gleisi e Padilha, contrasta com a visão de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que busca reduzir os gastos. Este conflito reflete um possível dilema para o governo, com Haddad sendo pressionado a aceitar o aumento dos gastos ou sair do cargo. Lula, fiel ao seu estilo, evita confrontos diretos e permite que o processo se desenvolva de forma indireta, deixando Haddad sob o risco de ser descreditado por outros setores políticos.