O desempenho negativo das ações da Lojas Renner no último ano, com queda de cerca de 16%, levou a revisões nas projeções de receita e lucro da empresa. Apesar disso, bancos como JPMorgan e Morgan Stanley mantêm a recomendação de compra para os papéis da varejista, destacando uma relação risco-retorno favorável. O Morgan reduziu o preço-alvo para a ação, de R$ 22 para R$ 17, implicando em um potencial de valorização de 52%. O desempenho do quarto trimestre de 2024 foi impactado por vendas abaixo das expectativas e margem bruta inferior, o que resultou em uma revisão para baixo nas estimativas financeiras de curto e médio prazo.
A administração da empresa, embora tenha reconhecido o desempenho abaixo das metas internas, permanece otimista quanto ao futuro, prevendo um crescimento de receita mais equilibrado para 2025. A expectativa é que o aumento nas vendas seja impulsionado por volumes, ajustes de preços alinhados à inflação e expansão de lojas. A Renner ainda não viu sinais de desaceleração no consumo e espera que o cenário macroeconômico não afete drasticamente seu desempenho, com a empresa se preparando para adaptar-se caso a economia piore no segundo semestre.
Com a ação da Lojas Renner negociando a múltiplos baixos, de 8,0 vezes o Preço/Lucro para 2025, a recomendação positiva dos bancos se mantém, destacando a solidez do histórico da empresa e seu balanço patrimonial positivo como fatores que justificam um prêmio em relação ao setor. Mesmo com incertezas sobre o ritmo de crescimento no longo prazo, os analistas acreditam que a queda no preço das ações após os resultados do quarto trimestre foi exagerada, sugerindo uma oportunidade de compra.