No Brasil, o lixo está se tornando uma fonte promissora de energia, ajudando a reduzir a poluição e os custos públicos. A decomposição de resíduos orgânicos gera biogás, composto principalmente por metano, um gás com alto potencial de aquecimento global. Em São José dos Campos, um aterro sanitário transforma parte desse biogás em energia elétrica, economizando R$ 2,5 milhões por ano na conta de luz de prédios públicos, como escolas e hospitais.
Outros aterros, como no Vale do Paraíba, canalizam o biogás para produzir biometano, um combustível renovável usado em indústrias e frota de veículos. Apesar do potencial, o biometano ainda é mais caro que o gás natural, o que limita sua adoção em larga escala. Empresas e associações defendem que, com o aumento da produção, os custos podem cair, tornando o biogás mais competitivo.
Atualmente, seis usinas de biometano operam em aterros sanitários no país, com outras sete em implantação. Especialistas destacam que os aterros podem se tornar “poços de petróleo renovável”, contribuindo para a matriz energética brasileira e reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. A tecnologia mostra que o lixo, além de um problema ambiental, pode ser uma solução sustentável para geração de energia.