A praia do Segredo, localizada em Natal, no Rio Grande do Norte, tem enfrentado um grave problema de acúmulo de lixo, especialmente proveniente de países asiáticos. Embalagens de produtos como garrafas de bebidas e itens de limpeza, fabricados na China, Malásia, Coreia do Sul e Singapura, têm sido encontrados com frequência nas areias da praia, o que coloca em risco o ecossistema local. Além dos plásticos, também são encontrados resíduos como recipientes de óleo de motor, o que agrava a situação ambiental da área.
Este problema não é isolado em Natal. Em julho de 2024, um estudo realizado em Belmonte, na Bahia, revelou o descarte de resíduos provenientes do exterior, com destaque para o lixo plástico de origem asiática. O fenômeno é atribuído ao descarte inadequado de lixo por navios, que, após consumirem produtos, despejam embalagens no mar, causando acúmulos em praias brasileiras. As correntes marítimas acabam trazendo esses resíduos para áreas costeiras, afetando especialmente cidades portuárias como Natal.
A poluição dessas praias não só prejudica o turismo, mas também representa riscos para a fauna local e para a navegação. Além disso, a presença de microplásticos na água pode afetar a saúde humana, especialmente por meio da ingestão de peixes contaminados. Apesar de existir uma legislação que proíbe o descarte de lixo no mar, a falta de fiscalização e o desrespeito à lei contribuem para a continuidade desse problema. Diversos órgãos governamentais são responsáveis pela fiscalização, mas a situação continua a demandar uma solução mais eficaz para preservar o ambiente e a saúde pública.
