Desde a posse de Donald Trump em janeiro de 2025, líderes de países como Canadá, México, Reino Unido, França e Ucrânia registraram aumento em suas taxas de aprovação, impulsionado pela reação pública contra as políticas protecionistas do governo norte-americano. Pesquisas indicam que as medidas unilaterais de Trump, como tarifas comerciais e propostas controversas sobre soberania, fortaleceram o sentimento nacionalista nesses países, beneficiando governantes que adotaram posturas mais antagonistas. Especialistas apontam que a população local tende a se unir quando percebe ameaças diretas à soberania e aos interesses econômicos nacionais.
No Canadá, o primeiro-ministro Mark Carney, do Partido Liberal, recuperou vantagem eleitoral ao adotar um discurso nacionalista contra as tarifas impostas pelos EUA, enquanto no México, a presidente Claudia Sheinbaum viu sua aprovação subir para 85% após enfrentar publicamente as políticas de imigração e comércio de Trump. Na Europa, líderes como Emmanuel Macron e Keir Starmer também ganharam popularidade ao criticar as medidas comerciais agressivas e defender maior autonomia regional. A Ucrânia, por sua vez, registrou aumento na confiança no presidente Volodymyr Zelensky após sua resistência às pressões norte-americanas na guerra contra a Rússia.
Analistas sugerem que essa tendência de fortalecimento dos líderes globais pode continuar enquanto Trump mantiver suas políticas unilaterais, mas alertam que fatores internos, como crises econômicas ou sociais, podem reverter o cenário. Com novas tarifas anunciadas para abril, incluindo taxas de 25% sobre carros importados, a tensão comercial deve se intensificar, impactando cadeias produtivas globais e potencialmente elevando a inflação em vários países. A postura de Trump, no entanto, ainda não mostra sinais de mudança, mantendo o cenário de incertezas no comércio internacional.