Durante a cúpula da União Europeia (UE) realizada em Bruxelas, líderes europeus destacaram seu compromisso com o apoio à Ucrânia e o aumento dos investimentos em defesa, em resposta aos desafios impostos pela mudança de políticas dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que a Europa tem a capacidade de vencer qualquer confronto com a Rússia, ressaltando a força coletiva do continente em diferentes frentes, como a militar, financeira e econômica.
No entanto, a dependência de décadas da proteção dos EUA e a diversidade de opiniões sobre a utilização da dissuasão nuclear da França evidenciam as dificuldades da UE em preencher o vazio deixado pela possível diminuição do apoio americano. Embora a Alemanha ainda espere uma colaboração dos Estados Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, sugeriu que a França poderia estender a proteção de seu arsenal nuclear aos aliados europeus, uma proposta que gerou reações mistas entre os líderes da região.
Além disso, a questão dos gastos em defesa foi abordada, com a Comissão Europeia propondo maior flexibilidade fiscal para os países da UE e a possibilidade de emprestar até 150 bilhões de euros para fortalecer as Forças Armadas. Apesar da aprovação geral das propostas, a Hungria, através de seu líder Viktor Orban, pode representar um obstáculo para uma declaração unânime de apoio à Ucrânia, o que demonstra a complexidade das negociações internas dentro da União Europeia.