Na última terça-feira (5), líderes árabes reunidos no Cairo aprovaram um plano para a reconstrução da Faixa de Gaza e o retorno da Autoridade Palestina, em resposta à proposta dos Estados Unidos que visava transferir o controle da região para os EUA. O plano árabe busca unificar os palestinos sob a liderança da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), excluindo o Hamas, e inclui a criação de um fundo de reconstrução da Faixa de Gaza, que foi devastada por um conflito prolongado com Israel. No entanto, a proposta enfrenta a oposição de Israel, que rejeita a presença da Autoridade Palestina e continua a insistir na eliminação do Hamas.
O plano egípcio de reconstrução, avaliado em 53 bilhões de dólares, prevê a remoção de escombros e a construção de infraestruturas essenciais nos primeiros seis meses, com o objetivo de fornecer habitações temporárias e permanentes para mais de 1,5 milhão de pessoas. O projeto inclui também a criação de um porto e de um aeroporto em Gaza, com o apoio da ONU. No entanto, Israel criticou o plano por depender da Autoridade Palestina e da UNRWA, acusando essas entidades de corrupção e falhas em resolver o problema.
O plano ocorre em meio a um impasse nas negociações entre o Hamas e Israel sobre os termos do cessar-fogo iniciado em janeiro de 2025. O Hamas rejeitou as condições israelenses para uma segunda fase do cessar-fogo, que exigiam a desmilitarização de Gaza e a saída do Hamas. Enquanto isso, as tensões continuam elevadas, com importantes questões humanitárias e políticas ainda sem solução.