O líder do PL no Senado, Carlos Portinho, foi um dos poucos membros da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva a celebrar a vitória do filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar, na categoria de Melhor Filme Internacional. Portinho usou as redes sociais para destacar a importância da cultura como uma política de Estado, sem vínculo partidário. Em sua publicação, ele reafirmou que cultura e política não devem se misturar, fazendo um apelo para que a identidade cultural brasileira seja tratada como um bem coletivo, sem ser apropriada por grupos políticos.
O filme, dirigido por Walter Salles, retrata a história de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva, vítima da ditadura militar. A produção, que aborda temas sensíveis sobre o período da ditadura, gerou críticas por parte de alguns setores da direita brasileira. Mesmo após o reconhecimento no Oscar, a película não teve apoio entre parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que, em uma entrevista recente, criticou tanto o filme quanto a atriz Fernanda Torres, que interpreta a protagonista.
Portinho, por sua vez, destacou que, além de ser um tema relevante para a cultura nacional, o prêmio pertence a todos os brasileiros e não deve ser politizado. O senador enfatizou também que a reforma tributária, da qual ele foi autor de uma emenda que reduziu impostos para o setor cultural, reflete seu compromisso com o apoio à cultura como um direito de todos os cidadãos, independentemente de posições políticas.