Em uma decisão recente, dois juízes federais dos Estados Unidos ordenaram que a administração do presidente Donald Trump readmitisse milhares de trabalhadores probatórios demitidos em uma série de demissões em massa em diversas agências federais. Ambos os juízes apontaram falhas legais na forma como as demissões foram realizadas, suspendendo temporariamente a redução do número de funcionários federais. Em San Francisco, o juiz William Alsup decidiu que as demissões foram dirigidas por uma autoridade sem competência para tal, enquanto em Baltimore, o juiz James Bredar considerou que as leis sobre demissões em larga escala, como a exigência de aviso prévio de 60 dias, não foram seguidas.
As demissões em massa afetaram principalmente trabalhadores probatórios, que geralmente são novos no emprego e não possuem proteção total no serviço público. Isso gerou uma série de processos judiciais contra o governo, com muitos argumentando que as demissões foram uma forma de enfraquecer agências governamentais essenciais, como aquelas responsáveis por recursos naturais e saúde pública. Em resposta, o governo de Trump afirmou que as demissões eram necessárias devido a questões de desempenho e que as demissões em massa não se aplicam às normas legais para grandes demissões.
O juiz Alsup expressou frustração diante da tentativa do governo de contornar as leis que regulam a redução do quadro de funcionários, especialmente ao afirmar que os trabalhadores estavam sendo demitidos por desempenho insatisfatório, apesar de terem recebido avaliações positivas. Como resultado das decisões judiciais, as agências federais foram instruídas a reintegrar os trabalhadores e fornecer um relatório sobre como estavam cumprindo as ordens. A situação continua a se desenrolar, com a administração de Trump recorrendo das decisões.