A Justiça Eleitoral de São Paulo absolveu o governador de São Paulo das acusações de abuso de poder político após uma declaração polêmica que fez durante a campanha para a prefeitura de São Paulo em 2024. Ele afirmou que membros de uma organização criminosa teriam orientado a população a votar em um candidato específico, sem fornecer provas. A declaração gerou polêmica, especialmente por ter sido feita ao lado de um candidato apoiado pelo governador.
A campanha do candidato adversário entrou com uma ação, acusando o governador e outros aliados de usarem o cargo para espalhar desinformação e interferir no resultado da eleição. Alegaram que a posição do governador, com acesso a dados de inteligência, foi utilizada de forma indevida para beneficiar seu candidato. Os advogados da parte acusadora sustentaram que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
O juiz responsável pelo caso, no entanto, considerou que a declaração do governador não configurou abuso de poder político. Ele destacou que a manifestação foi parte da liberdade de expressão e que, durante a coletiva de imprensa, não houve utilização de recursos públicos ou práticas proibidas pela legislação eleitoral. Para o magistrado, a entrevista coletiva não teve impacto significativo na legitimidade do processo eleitoral, sendo uma prática permitida dentro do contexto político e legal.