O ex-presidente Jair Bolsonaro optou por não comparecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (26), acompanhando remotamente o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado. Ele assistirá à sessão no gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro, acompanhado da senadora Damares Alves. Parte de seus aliados avalia que sua presença física no STF poderia acirrar os ânimos e legitimar discursos políticos, preferindo evitar confrontos diretos com a Corte.
O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, terá como destaque o voto do relator Alexandre de Moraes, seguido pelos demais ministros. Eles decidirão se aceitam a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o que transformaria os acusados em réus e iniciaria um processo penal. Na terça-feira (25), o procurador-geral Paulo Gonet apresentou argumentos sobre supostos ataques à democracia, enquanto as defesas dos acusados rebateram as acusações.
A sessão desta quarta-feira marca a etapa decisiva do processo, após a rejeição de questões preliminares pelos ministros na véspera. O único voto divergente foi o do ministro Luiz Fux, que defendeu que o caso fosse julgado no plenário do STF, e não apenas pela Primeira Turma. O resultado do julgamento definirá os próximos passos legais e seu impacto no cenário político brasileiro.