A 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro iniciou, nesta quinta-feira (13), o julgamento de dois réus acusados de cometerem homicídio qualificado, envolvendo um crime ocorrido em janeiro de 2022. A vítima, um imigrante congolês de 24 anos, foi espancada até a morte no quiosque Tropicália, localizado na praia da Barra da Tijuca. Testemunhas começaram a ser ouvidas até as 16h do dia de abertura do julgamento, e a defesa de um terceiro réu ainda aguarda o desmembramento de seu processo, que está sendo analisado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O Ministério Público detalhou que o crime foi cometido por um motivo fútil, após uma discussão no local de trabalho, e foi caracterizado por extrema crueldade, com uso de um taco de beisebol, além de socos, chutes e tapas. A vítima foi imobilizada, impedindo qualquer defesa, e seus pés e mãos foram amarrados. De acordo com a acusação, o uso de meios cruéis e a impossibilidade de defesa da vítima configuram as qualificadoras do homicídio.
Em paralelo ao processo judicial, foi realizada uma cerimônia em memória da vítima no local do crime, com a presença de familiares e comunidade. A morte do imigrante gerou grande repercussão, destacando-se em reportagens e atos de solidariedade, como a entrega de uma medalha póstuma à vítima no Rio de Janeiro, em uma ação para lembrar o ocorrido e promover justiça.