Uma juíza federal dos Estados Unidos suspendeu, no dia 18 de março, a proibição do recrutamento de pessoas transgênero no Exército, determinada pelo governo de Donald Trump. A decisão foi tomada com base no princípio da igualdade, presente na Declaração de Independência dos EUA, que afirma que todos os seres humanos são criados iguais. O decreto, que havia sido emitido por Trump em janeiro, foi contestado por um grupo de militares e pessoas trans que desejam se alistar, que questionaram a medida na Justiça.
A juíza federal de Washington afirmou que a administração Trump poderia ter criado uma política equilibrada entre a necessidade de um Exército preparado e o direito à igualdade de proteção para todos os americanos. No entanto, a magistrada considerou que o decreto não atendia a esse equilíbrio e evidenciava uma hostilidade sem justificativa legal ou racional contra as pessoas transgênero. Com isso, ela suspendeu a proibição, que havia sido estabelecida após uma série de medidas restritivas contra pessoas trans nos anos anteriores.
Em resposta ao decreto, o Departamento de Defesa dos EUA anunciou que suspenderia o recrutamento de pessoas trans e expulsaria os que já estivessem servindo, exceto para aqueles que recebessem isenções especiais. A administração Biden, após assumir a presidência, reverteu essas políticas, permitindo novamente o alistamento de pessoas trans nas forças armadas, com base no princípio de que todos os cidadãos aptos devem poder servir no Exército, independentemente de sua identidade de gênero. Estima-se que cerca de 15.000 pessoas transgênero estejam atualmente servindo nas forças armadas dos EUA.