Uma juíza federal dos Estados Unidos suspendeu a proibição imposta pelo governo de Donald Trump que impedia pessoas transgênero de servir no Exército. A decisão, tomada em 18 de agosto, considerou que a medida violava o princípio da igualdade, previsto na Declaração de Independência dos EUA, que garante que todos os seres humanos são criados iguais. A juíza reprovou a política, destacando a hostilidade sem justificativas legais para a exclusão das pessoas trans das forças armadas.
O decreto, que havia sido firmado em janeiro de 2019, determinava a expulsão de militares transgêneros e a suspensão do recrutamento dessa população, exceto para casos de isenção especial. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos havia anunciado em fevereiro que a medida seria aplicada, interrompendo o alistamento de pessoas trans e forçando a saída daqueles já em serviço. Esse movimento se somava a uma série de ações contra os direitos das pessoas transgênero durante o governo Trump, incluindo a proibição de militares que necessitassem de tratamentos médicos relacionados à transição de gênero.
Após a suspensão do decreto, a administração do presidente Joe Biden restaurou a política de inclusão, permitindo novamente que pessoas transgênero se alistassem nas forças armadas. Estima-se que cerca de 15.000 pessoas trans servem atualmente no Exército americano, em um total de 2 milhões de militares, refletindo um avanço significativo em termos de direitos e igualdade no serviço militar.