Um juiz federal de São Francisco, William Alsup, determinou que a administração de Donald Trump recontratasse milhares de trabalhadores em período probatório que foram demitidos em uma série de dispensas em vários órgãos federais. O juiz criticou a forma como as demissões foram conduzidas, alegando que a administração não tinha autoridade para dispensar os funcionários de acordo com as normas vigentes. A medida foi tomada após uma ação judicial movida por sindicatos e organizações de defesa dos direitos dos trabalhadores, que argumentaram que as demissões eram ilegais e prejudiciais aos serviços públicos.
Alsup ordenou que os departamentos de Assuntos de Veteranos, Agricultura, Defesa, Energia, Interior e Tesouro oferecessem a reintegração imediata dos funcionários dispensados em fevereiro de 2025. O juiz ainda exigiu que os órgãos apresentassem, em até sete dias, uma lista dos funcionários afetados e explicações sobre como estavam cumprindo a ordem judicial. A decisão reflete uma crescente oposição aos esforços da administração para reduzir significativamente o número de servidores federais.
A administração Trump reagiu à decisão, com a porta-voz Karoline Leavitt questionando a validade da ordem e alegando que ela violava os poderes executivos do governo. A disputa judicial é apenas uma das várias ações legais que contestam as demissões em massa, que afetam aproximadamente 200 mil funcionários em todo o governo federal, incluindo aqueles em posições de entrada e até funcionários promovidos recentemente. A decisão do juiz Alsup reflete um momento de tensão entre os poderes judiciário e executivo, com a administração demonstrando intenção de recorrer da medida.