O governo italiano anunciou uma reforma na lei de cidadania por direito de sangue (ius sanguinis), limitando o benefício a filhos e netos de cidadãos nascidos na Itália. A mudança, apoiada pelo ministro das Relações Exteriores, exclui pedidos baseados em bisavós ou ancestrais mais distantes, com o objetivo de coibir abusos e evitar concessões automáticas a quem não mantém vínculos culturais ou linguísticos com o país. Segundo autoridades, a medida visa reduzir a sobrecarga nos municípios e combater fraudes, especialmente em milhares de solicitações vindas da América do Sul.
Outra alteração inclui o aumento dos custos para obtenção da cidadania, que pode chegar a 700 euros. O governo argumenta que os processos atuais sobrecarregam pequenos municípios e o Estado, exigindo maior rigor na verificação de documentos. A reforma também reforçará os controles para evitar irregularidades, garantindo que apenas quem tem ligações diretas com a Itália possa pleitear o direito.
A nova regra mantém a possibilidade para netos de italianos, desde que pelo menos um avô tenha nascido no país, mas encerra as solicitações baseadas em parentescos mais distantes. A decisão reflete uma preocupação em preservar a seriedade da cidadania italiana, evitando exploração de leis consideradas ultrapassadas. As informações foram divulgadas pela emissora pública RAI, sem detalhes sobre quando as mudanças entrarão em vigor.