O primeiro-ministro israelense deve viajar para a Hungria no início de abril, conforme anunciado por seu gabinete. A visita incluirá encontros com autoridades locais, incluindo o premiê húngaro, e está marcada para ocorrer entre os dias 2 e 6 de abril. O convite foi formalizado pelo governo húngaro, que se opôs publicamente à decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) envolvendo o líder israelense.
Apesar da ordem de prisão emitida pelo TPI no ano passado, a Hungria afirma não ter obrigação legal de cumpri-la. O país assinou o Estatuto de Roma, tratado que estabeleceu o tribunal, mas nunca internalizou a convenção em sua legislação nacional, citando conflitos com sua Constituição. Essa posição permitiu que o governo húngaro rejeitasse a decisão do tribunal, classificando-a como “vergonhosa”.
O caso envolve alegações de crimes durante o conflito em Gaza, iniciado após os ataques de outubro de 2023. A visita ocorre em um contexto diplomático delicado, com a Hungria reiterando seu apoio ao líder israelense, enquanto outros países seguem as determinações do TPI. A situação destaca as complexidades do direito internacional e as divergências entre nações sobre sua aplicação.