A primeira fase do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que tinha como principal objetivo o aumento da assistência humanitária, terminou no último sábado (1º), e o governo de Israel anunciou a suspensão da entrada de ajuda e outros bens em Gaza no domingo (2). O gabinete do primeiro-ministro israelense não detalhou os motivos da decisão, mas advertiu o Hamas sobre possíveis consequências se o grupo não aceitar a proposta dos Estados Unidos para a extensão do cessar-fogo. A negociação para a segunda fase do cessar-fogo, que envolveria a libertação de reféns e um acordo duradouro, ainda não foi concretizada.
Israel havia aceitado a proposta de Steve Witkoff, enviado dos Estados Unidos, para a ampliação do cessar-fogo durante o Ramadã e a Páscoa judaica, que ocorrem em 2025, mas o Hamas rejeitou a formulação apresentada. O grupo não fez menção direta ao plano de Witkoff, mas sinalizou discordância em relação à extensão do cessar-fogo. O impasse sobre os termos do acordo tem sido um obstáculo nas negociações, que seguem em andamento.
O cessar-fogo inicial entrou em vigor em 19 de janeiro, após um longo período de conflito, e estava dividido em três fases. Este primeiro acordo foi uma tentativa de reduzir a violência e permitir a chegada de ajuda humanitária, após um ataque devastador do Hamas contra o sul de Israel em outubro de 2023. Embora a primeira fase tenha terminado, o futuro do cessar-fogo depende do progresso nas negociações e da aceitação de novos termos pelas partes envolvidas.