Neste domingo (2), Israel interrompeu a entrada de bens e suprimentos na Faixa de Gaza e alertou sobre consequências se o grupo Hamas não aceitar uma nova proposta para a extensão do cessar-fogo. O Hamas acusou Israel de tentar sabotar o acordo vigente, classificado como uma forma de extorsão e violação flagrante da trégua. A primeira fase do cessar-fogo, que incluiu aumento na assistência humanitária, expirou no sábado (1º), e ainda não há um acordo sobre a segunda fase, que envolve a liberação de reféns e um cessar-fogo duradouro.
Israel, em coordenação com a administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a proposta para estender a trégua visa incluir o mês do Ramadan e a Páscoa judaica. A proposta prevê a liberação de metade dos reféns no primeiro dia, com a promessa de liberar o restante quando um acordo permanente for alcançado. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, reforçou que o país exige mais reféns liberados como condição para avançar nas negociações.
Por sua vez, o Hamas advertiu sobre as possíveis consequências humanitárias de qualquer atraso ou cancelamento do acordo e reiterou que a única forma de libertar os reféns seria cumprir o acordo original. O grupo afirmou que está disposto a liberar todos os reféns restantes na segunda fase, mas exigirá a liberação de prisioneiros palestinos, um cessar-fogo permanente e a retirada das forças israelenses.