Na última sexta-feira, 21 de março, as Forças de Defesa de Israel (FDI) destruíram o Hospital da Amizade Turco-Palestina, o único especializado no tratamento de câncer na Faixa de Gaza. A FDI alegou que o Hamas usava o hospital para fins militares, transformando-o em um centro de comando. A Turquia condenou o ataque, acusando Israel de usar a destruição do hospital como parte de uma estratégia para expulsar os palestinos da região. O governo turco também pediu à comunidade internacional que tomasse medidas contra os ataques israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que o reinício dos bombardeios massivos por Israel, iniciado em 18 de março, já resultou em quase 600 mortes, intensificando as tensões no território. Israel justifica suas ações alegando que o Hamas não aceitou negociar a troca de reféns, mas o grupo palestino nega essa acusação e afirma que continua envolvido nas negociações. A situação segue deteriorando-se, com ameaças de destruição total feitas pelo ministro da Defesa de Israel, caso os civis da região não removam o Hamas.
Especialistas no Oriente Médio sugerem que o objetivo de Israel seja consolidar um plano para anexar Gaza, aproveitando o contexto da guerra. A retórica de destruição total e a retirada unilateral do cessar-fogo são vistas como parte de uma estratégia mais ampla de ocupação e anexação. Esse movimento ocorre em um cenário de crescente polarização política em Israel e de resistência das lideranças palestinas, que rejeitam as propostas de deslocamento da população de Gaza para outros países.