Israel aprovou uma proposta dos Estados Unidos para estender a trégua na Faixa de Gaza durante o Ramadã e a Páscoa judaica, em abril. O plano foi apresentado por Steve Witkoff, enviado do presidente americano, e busca prolongar o cessar-fogo temporário com o Hamas, após a primeira fase da trégua terminar sem um acordo sobre os próximos passos. A proposta prevê a liberação de metade dos reféns, vivos e mortos, no primeiro dia de implementação do plano, com a liberação total dependendo da assinatura de um acordo definitivo de cessar-fogo.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Witkoff sugeriu essa prorrogação após avaliar que não seria possível conciliar imediatamente as posições de Israel e do Hamas. A proposta tem como objetivo permitir mais tempo para a conclusão das negociações sobre um cessar-fogo permanente, dado que as divergências entre as partes permanecem profundas. O governo israelense afirmou que está disposto a negociar os detalhes do plano, mas condicionado a uma mudança de postura do Hamas, que precisaria aceitar a proposta.
Em um comunicado oficial, o gabinete de Netanyahu destacou que as negociações podem começar de imediato caso o Hamas modifique sua posição. A proposta visa criar as condições necessárias para um acordo mais duradouro e resolver as questões em aberto de forma pacífica, com foco na segurança e nas condições humanitárias da região. O contexto de negociações continua a ser desafiador, mas a iniciativa dos EUA foi vista como um passo importante para o avanço das discussões.