O Irã reagiu negativamente à reunião realizada pelo Conselho de Segurança da ONU, considerando-a uma interferência indevida nos esforços diplomáticos em andamento com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O embaixador iraniano nas Nações Unidas, Saeed Iravani, declarou que a reunião, solicitada por diversos países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido, teve como objetivo dar continuidade à política de “pressão máxima” contra o Irã, sem base legítima para a atuação do Conselho de Segurança.
A reunião foi convocada devido às preocupações de várias nações sobre o aumento da produção de urânio altamente enriquecido pelo Irã, uma questão técnica que, segundo o representante iraniano, deveria ser tratada exclusivamente pela AIEA. Iravani enfatizou que as questões discutidas já haviam sido abordadas em uma reunião da AIEA, realizada na semana anterior, e que o envolvimento do Conselho de Segurança não era necessário.
Iravani também destacou que as atividades nucleares do Irã são pacíficas e que o país não violou os termos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), que impôs restrições ao programa nuclear iraniano. O diplomata elogiou a postura de membros do Conselho de Segurança que mantêm uma abordagem imparcial e baseada em fatos, evitando a exploração política da questão nuclear iraniana.