A COP da Biodiversidade 16.2, realizada em Roma, focou em definir ações para combater a perda de biodiversidade, com destaque para o financiamento necessário para a implementação do Marco Global da Biodiversidade. O evento marcou um avanço nas negociações, com os Estados Partes se comprometendo a levantar 200 bilhões de dólares anuais até 2030 para o combate à perda de biodiversidade. Além disso, um novo Fundo Cali foi estabelecido, com 50% dos recursos destinados a comunidades locais e povos indígenas, o que reforça a importância de incluir esses grupos na gestão ambiental.
Efraim Gomez, diretor de Políticas Globais do WWF Internacional, destacou que investir na natureza é uma forma de “seguro de vida global”, essencial para mitigar a crise climática, estabilizar os preços dos alimentos e tornar ecossistemas mais resilientes. Segundo ele, a natureza desempenha um papel crucial na captura de carbono e na prevenção de eventos climáticos extremos, sendo fundamental que a agenda ambiental seja integrada ao combate às mudanças climáticas. O Brasil terá a oportunidade de impulsionar essa agenda na COP 30, que ocorrerá no país em 2025.
Apesar dos avanços, a WWF alerta que os recursos comprometidos ainda são insuficientes e que será necessário mobilizar mais esforços para que os compromissos sejam cumpridos. O texto também destacou que as nações desenvolvidas precisam acelerar a arrecadação de 20 bilhões de dólares até 2025 para os países em desenvolvimento, como parte do financiamento global para enfrentar a crise ambiental. A COP 16.2 também definiu que uma Revisão Global ocorrerá em 2026, na COP 17, na Armênia, para avaliar os progressos realizados.