Após mais de quatro meses de apuração, a força-tarefa do governo de São Paulo concluiu o inquérito sobre a execução de um delator do PCC, Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que foi assassinado em novembro de 2023. Seis pessoas foram indiciadas por envolvimento direto no crime, incluindo três policiais militares, e outras duas por favorecimento pessoal. A motivação do assassinato, segundo a investigação, foi uma vingança pelas mortes de outros membros da facção. O caso também resultou em vítimas colaterais, com um motorista de aplicativo morto por uma bala perdida durante a execução.
O inquérito revelou que Gritzbach teria sido alvo devido à sua participação na morte de dois membros importantes do PCC, o que levou a facção a decretar sua execução. Dois indivíduos foram apontados como os mandantes do crime, sendo responsáveis por organizar a morte do delator. A apuração incluiu provas técnicas robustas, como extrações de dados de celulares e conversas no WhatsApp, e indicou que a recompensa pela execução poderia ter chegado a R$ 3 milhões, embora ainda não se saiba se o valor foi efetivamente pago.
Além dos mandantes e das figuras diretamente envolvidas no assassinato, outras pessoas foram indiciadas por favorecimento pessoal, incluindo aqueles que ajudaram na fuga e no apoio logístico aos executores. As investigações também seguem em andamento para apurar possíveis crimes relacionados a outros membros da facção, incluindo a atuação de policiais militares e civis em atividades ilícitas. A Justiça foi acionada para a conversão das prisões temporárias dos envolvidos em preventivas.