A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro investigam contratos de R$ 200 milhões firmados entre o governo do estado e a empresa Consuvet, criada apenas três meses antes da assinatura dos acordos. O serviço, voltado para a castração de animais, é alvo de suspeitas de superfaturamento, fraude e corrupção. A investigação revelou irregularidades como a falta de identificação de animais e tutores no momento dos pagamentos, além de movimentações financeiras atípicas relacionadas aos envolvidos.
A análise dos documentos mostrou que a empresa Consuvet obteve um registro do Conselho Regional de Medicina Veterinária apenas após a assinatura dos contratos. Além disso, a investigação aponta que pessoas com vínculos anteriores com a Secretaria de Agricultura, liderada na época por um ex-deputado, desempenharam papel fundamental na autorização e implementação da licitação. A operação revelou ainda que o envolvimento de figuras chave nas transações financeiras e na fundação da empresa está sendo detalhadamente examinado pelas autoridades.
As respostas das autoridades e envolvidos destacaram que o programa RJPet foi suspenso, e as autoridades citadas negam qualquer irregularidade. O caso segue em investigação, com o processo sendo remetido ao Supremo Tribunal Federal, uma vez que envolve um parlamentar com foro privilegiado. As informações ainda estão sendo analisadas, e a defesa das partes envolvidas promete colaborar com as investigações para esclarecer os fatos.