A reitora interina da Universidade Columbia, Katrina Armstrong, renunciou ao cargo após cortes significativos no financiamento federal, conforme reportado pelo The Wall Street Journal. A decisão foi influenciada pela pressão do governo dos Estados Unidos, que cancelou US$ 400 milhões em verbas destinadas à instituição, alegando que a universidade não agiu adequadamente diante de protestos antissemitas em seu campus. Claire Shipman, copresidente do conselho da universidade, assumirá como reitora interina no lugar de Armstrong, que havia substituído a anterior líder após sua saída devido a controvérsias relacionadas aos protestos.
Os cortes, equivalentes a 8% do repasse federal previsto para os próximos anos, afetarão contratos de serviços e pesquisas. Em resposta, a universidade aceitou uma série de exigências do governo, incluindo a proibição de máscaras no campus e maior autoridade para agentes de segurança. A medida busca recuperar os recursos perdidos, mas gerou preocupação entre docentes, que criticaram a falta de clareza nas explicações dadas pela reitoria durante reuniões internas.
A Universidade Columbia, que teve receita de US$ 6,6 bilhões em 2024, depende parcialmente de verbas federais, embora a maior parte de seus recursos venha de mensalidades e hospitais universitários. Os protestos no campus, ligados ao conflito em Gaza e ao apoio dos EUA a Israel, tornaram-se um ponto de tensão política, culminando nas sanções financeiras e na mudança na liderança da instituição. O caso reflete os desafios enfrentados por universidades em meio a polarizações políticas e pressões governamentais.