Um estudo britânico publicado na revista NEJM AI revelou que a inteligência artificial (IA) pode detectar anomalias fetais com 42% mais velocidade em comparação aos métodos tradicionais. A pesquisa, conduzida pelo Kings College de Londres em parceria com a Fundação do Hospital Saint Thomas, analisou 78 gestantes e 58 técnicos de ultrassom, focando na identificação de problemas cardíacos durante exames realizados na vigésima semana de gravidez. Os resultados demonstraram que a IA não só aumenta a eficiência, mas também mantém precisão e confiabilidade, automatizando parte do processo e reduzindo a necessidade de interrupções para análise de imagens.
De acordo com os pesquisadores, a tecnologia permite que os profissionais dediquem mais tempo ao atendimento humanizado, tornando a experiência menos estressante para as gestantes. Uma das participantes do estudo, que preferiu não ser identificada em detalhes, destacou a importância do diagnóstico precoce de uma condição cardíaca em seu bebê, o que permitiu um planejamento mais adequado para o tratamento. A IA já está sendo implementada em hospitais de Londres, indicando um avanço promissor na medicina fetal.
O estudo reforça o potencial da IA para expandir sua aplicação na detecção de outras anomalias, além de otimizar o fluxo de trabalho em exames de rotina. Especialistas defendem que a tecnologia pode representar um marco na medicina, melhorando a qualidade dos diagnósticos e a experiência das pacientes. A adoção dessas ferramentas tende a crescer, conforme demonstram os resultados positivos em ambientes clínicos reais.