O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) irá qualificar 75 maternidades com as maiores taxas de mortalidade materna no país, em parceria com o Ministério da Saúde. O projeto, anunciado pelo ministro Alexandre Padilha, inclui um investimento de R$ 24 milhões em 2025, abrangendo hospitais universitários federais e maternidades municipais, estaduais e filantrópicas. A iniciativa utilizará métodos presenciais e de telessaúde para melhorar a gestão, o acolhimento e a integração com a atenção primária.
A ação integra a Rede Alyne, que substituiu a Rede Cegonha, com metas ambiciosas: reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027 e em 50% entre mulheres pretas, grupo que registrou o dobro de óbitos em 2022. O Brasil também busca alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com menos de 30 mortes por 100 mil nascidos vivos até 2030. O IFF, referência em saúde materno-infantil, trará sua expertise em gestão e formação profissional para apoiar as maternidades.
O ministro destacou que a mortalidade materna muitas vezes está ligada a falhas no acolhimento e na integração de informações, não apenas à estrutura física. A qualificação incluirá orientações às gestantes, visitas às maternidades e melhorias nos prontuários eletrônicos. Fundado em 1924, o IFF é reconhecido pela OMS e pelo Unicef como Hospital Amigo da Criança e opera o maior banco de leite humano do país, reforçando seu papel central na iniciativa.