A inflação nos Estados Unidos apresentou uma desaceleração em fevereiro, marcando o primeiro declínio desde setembro do ano passado. O índice de preços ao consumidor (CPI) ficou em 2,8% em relação ao ano anterior, uma redução em relação aos 3% de janeiro. O núcleo da inflação, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, caiu para 3,1%, o menor nível desde abril de 2021. Apesar disso, os preços permanecem acima da meta de 2% estipulada pelo Federal Reserve, e as expectativas indicam que a inflação continuará elevada devido a fatores externos.
Os preços de alimentos, por exemplo, permaneceram estáveis em fevereiro, mas o custo de itens específicos, como ovos, teve aumentos significativos. O preço médio dos ovos subiu 10,4% em relação a janeiro e está quase 60% mais alto em comparação com o ano passado, impulsionado pela gripe aviária, que resultou na morte de milhões de aves. A instabilidade nos preços de alimentos e outros itens reflete a pressão econômica que os consumidores ainda enfrentam.
As tarifas impostas ou ameaçadas pelo governo sobre produtos de diversos países, como China e União Europeia, são um fator que pode manter a inflação alta ao longo de 2025. Economistas indicam que essas tarifas podem afetar o crescimento econômico e até aumentar o risco de recessão, além de elevar os custos para os consumidores. O impacto das tarifas pode ser substancial, com estimativas sugerindo que elas poderiam custar até US$ 3,4 mil por ano para uma família média nos EUA.