A inflação da Argentina registrou 2,4% em fevereiro de 2025, superando levemente o índice de 2,2% de janeiro. Com esse resultado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses caiu para 66,9%, representando uma melhora em relação ao mês anterior, quando alcançou 84,5%. Esse desempenho é um reflexo das políticas econômicas adotadas pelo presidente ultraliberal Javier Milei, que implementou medidas de ajuste fiscal rigorosas para combater a recessão e reduzir o déficit público.
Desde sua posse em dezembro de 2023, Milei tem conduzido um processo de ajuste econômico, com o corte de subsídios e a paralisação de obras federais, o que gerou aumento nos preços dos serviços essenciais e intensificou os protestos em várias regiões. No entanto, essas medidas também permitiram uma recuperação da confiança dos investidores e a geração de superávits fiscais. O governo argentino busca agora estabilizar a economia com o objetivo de negociar um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que detém uma dívida de mais de US$ 44 bilhões.
Apesar dos desafios enfrentados, o governo de Milei tem como prioridade reduzir a inflação para níveis abaixo de 2% ao mês, o que permitiria a eliminação dos controles de capitais e estimularia o crescimento econômico. A inflação, que em 2022 chegou a atingir cerca de 300% ao ano, tem se mostrado em trajetória de queda, com previsões de analistas indicando que até o final de 2025 a taxa anual de inflação poderá cair para 23,3%.