A inflação mensal da Argentina acelerou para 2,4% em fevereiro, em linha com as previsões de analistas, conforme os dados divulgados pela agência de estatísticas Indec. Esse aumento foi impulsionado especialmente pelo crescimento de quase 4% nas despesas com moradia e serviços públicos, comparado aos 2,2% registrados em janeiro. A inflação acumulada nos 12 meses até fevereiro foi de 66,9%, uma desaceleração em relação à taxa de 84,5% observada no mês anterior, mas ainda acima das expectativas.
Apesar da desaceleração da inflação em relação aos três dígitos do ano passado, a economia argentina continua enfrentando desafios, com a inflação mantendo-se entre 2% e 3% nos últimos meses. O governo tem implementado medidas de austeridade para controlar os preços, embora essas políticas tenham gerado protestos e tensões sociais. A inflação, que chegou a quase 300% no início de 2024, tem mostrado um progresso gradual, embora o país ainda enfrente um cenário inflacionário elevado.
Analistas consultados pelo banco central projetam que, ao final de 2025, a inflação na Argentina poderá cair para 23,3%. A evolução da taxa de inflação será um indicador chave da eficácia das políticas econômicas adotadas pelo governo, que ainda enfrenta o desafio de equilibrar o controle da inflação com o crescimento econômico e a redução das tensões sociais.