O cenário econômico brasileiro começa o mês de março com dados negativos sobre inflação e emprego. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro, divulgado pela Fipe, registrou uma variação de 0,51% na região metropolitana de São Paulo, mais do que o dobro dos 0,24% de janeiro, indicando um aumento nos preços. Esse dado vem em um contexto de incerteza econômica e elevação dos juros, que têm pressionado o poder de compra e contribuído para o clima de cautela entre empresários.
Em relação ao mercado de trabalho, a Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) de fevereiro, que recuou para 75,9 pontos, o menor valor dos últimos 12 meses. Este indicador reflete a confiança dos empresários na contratação de novos funcionários, e sua queda sugere que o mercado de trabalho deve enfrentar desafios no curto prazo, devido à combinação de inflação alta e juros elevados. A trajetória do indicador aponta para um viés negativo, reforçando a expectativa de uma desaceleração econômica.
O emprego é geralmente uma das últimas variáveis a reagir em momentos de crise e recuperação econômica. Apesar de a desaceleração observada em fevereiro ter sido modesta, os economistas destacam que a tendência de queda no IAEmp desde agosto de 2024 mostra uma deterioração gradual das condições no mercado de trabalho. Isso indica que o Brasil pode continuar enfrentando dificuldades no setor de emprego, enquanto o cenário macroeconômico permanece instável.