A inflação de alimentos em 2025 não deverá ser mais alta do que em 2024, mas continua sendo um tema de preocupação para o governo federal. O vice-presidente Geraldo Alckmin se reunirá com empresários do setor alimentício para discutir medidas que possam reduzir o impacto dos aumentos no custo da comida. As discussões envolvem também ministros e representantes de diversos setores, com o objetivo de definir ações que possam melhorar a popularidade do governo, que enfrenta desafios devido à alta dos preços dos alimentos.
Os analistas projetam uma desaceleração da inflação no setor alimentício, que em 2024 foi de 7,7%. Em janeiro de 2025, a inflação foi de 0,96%, um indicativo de que o ritmo de aumento pode estar mais controlado. Produtos como óleo de soja, leite e carne devem registrar uma desaceleração nos preços, embora alguns itens, como café e laranja, ainda enfrentem problemas que impactam os preços. Especialistas preveem que a inflação de alimentos termine o ano com um aumento em torno de 6% a 7%, dependendo das condições climáticas e do desempenho das exportações.
Apesar da desaceleração esperada, as famílias de baixa renda devem continuar sentindo o impacto da alta nos preços dos alimentos. Isso ocorre porque os itens alimentícios vêm subindo de forma mais acentuada para essa parcela da população, cujos salários são corrigidos pela inflação geral, que não acompanha a elevação dos custos alimentares. De 2020 a 2024, os preços dos alimentos aumentaram 55%, enquanto a inflação geral foi de 33%, o que dificulta a recuperação do poder de compra das famílias mais vulneráveis.