Em fevereiro, a inflação acelerou significativamente, alcançando 1,31%, o maior valor para o mês em 22 anos. O aumento dos custos de habitação foi o principal fator responsável pela elevação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com os preços de energia elétrica doméstica subindo 16,8%, após o fim do bônus de Itaipu. Além disso, os reajustes nas mensalidades escolares (4,7%) e nos alimentos (0,7%) também impactaram a alta no índice. Este resultado representa um salto considerável em comparação ao crescimento de apenas 0,16% registrado em janeiro.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 5,06%, ficando cada vez mais distante da meta oficial de 3%. O aumento contínuo nos preços tem levado o Banco Central a elevar os juros, com a expectativa de um novo aumento de 1 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária. Enquanto isso, o governo adota medidas que estimulam o consumo, como a assinatura da Medida Provisória do Crédito do Trabalhador, que facilita o acesso ao crédito consignado com taxas mais baixas.
O governo federal segue apostando em estratégias que buscam aumentar o consumo das famílias, com o presidente destacando o trabalho do ministro da Fazenda, ao mesmo tempo em que a inflação continua a pressionar a economia. A política de juros mais altos visa controlar a escalada dos preços, mas o aumento da dívida pública e o desafio de atingir a meta inflacionária permanecem como obstáculos importantes para a estabilidade econômica.