Em fevereiro de 2025, a taxa de inadimplência entre as famílias da capital paulista caiu para 19%, retornando aos níveis registrados em setembro de 2024, conforme apontado pela Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da FecomercioSP. Esse recuo é atribuído a um mercado de trabalho robusto e a um aumento significativo da massa de renda, que alcançou R$ 40,6 bilhões no último trimestre de 2024, o maior volume da série histórica do IBGE. Desde agosto de 2024, a inadimplência tem ficado abaixo dos 20%, após mais de dois anos em níveis mais elevados.
Além disso, a pesquisa revelou que o número de famílias com dificuldades para quitar suas dívidas diminuiu, passando de 8,7% em janeiro para 8,3% em fevereiro, o melhor resultado desde setembro do ano anterior. Outros indicadores também mostraram sinais positivos, como a redução do tempo médio de atraso nas dívidas, que caiu de 66,2 dias para 63,1 dias em comparação com o mesmo período de 2024. A queda no tempo de atraso sugere um impacto positivo na redução dos juros sobre as dívidas não pagas, o que facilita o retorno dessas famílias ao consumo.
A maior parte das dívidas em São Paulo está associada ao uso do cartão de crédito, com 82% das famílias endividadas mencionando o pagamento da fatura do cartão como prioridade. Apesar de uma retração na comparação com 2024, esse valor ainda é considerável. A pesquisa também mostrou que o tempo médio de comprometimento com dívidas não atrasadas, como financiamentos, ficou em 7,6 meses, indicando que a maioria das dívidas dos paulistanos são de curto prazo. O sistema de crédito continua a crescer, tanto nas modalidades à vista quanto parcelada, impulsionando o mercado de consumo.