O Império Serrano prestou uma merecida homenagem ao compositor Laudeni Casemiro, mais conhecido como Beto Sem Braço, que faleceu em 1993. Reconhecido como um dos maiores nomes do samba carioca, Beto foi o criador de sucessos como “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” e “Camarão que dorme a onda leva”. Nascido em Vila Isabel, sua trajetória foi marcada por superações pessoais e um amor incondicional pela música. Seu apelido surgiu após um acidente na infância, que resultou na amputação de seu braço direito, mas isso nunca o impediu de seguir sua paixão pela composição.
A carreira de Beto Sem Braço desabrochou no cenário musical carioca nos anos 1980, especialmente após sua colaboração com o Império Serrano, onde se tornou um dos maiores compositores da escola. Ao lado de Aluisio Machado, Beto conquistou a vitória no carnaval de 1982 com o samba “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, que permanece até hoje como um dos maiores clássicos do samba. Além disso, suas músicas foram interpretadas por grandes artistas como Zeca Pagodinho, Alcione e Beth Carvalho, solidificando seu legado no gênero.
Apesar de sua carreira brilhante, Beto Sem Braço teve uma vida pessoal tumultuada, com episódios como sua tendência a carregar uma arma, o que ficou marcado em um incidente com o presidente do Império Serrano. No entanto, o compositor era muito mais conhecido por sua personalidade autêntica e seu amor pelas festas, nas quais sempre reunia amigos e familiares para celebrações repletas de samba e comida. Sua morte prematura, vítima de tuberculose aos 51 anos, não impediu que o Império Serrano e a comunidade do samba mantivessem viva a memória de um dos maiores compositores do Rio de Janeiro.